terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um bom dia para você, insubstituível.



Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. 
Agita as mãos, mostra gráfico e, olhando nos olhos de cada um ameaça: 
  • Ninguém é insubstituível!

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.

Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
  • Alguma pergunta?
  • Tenho sim. E Beethoven ?
  • Como? - o encara o diretor confuso.
  • O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?

Silêncio... 
O funcionário fala então:
  • Ouvi essa história esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? etc...Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar
e seu talento direcionado para alguma coisa.


Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus erros/deficiências.


Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico...


O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.


Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.


Se seus superiores, ainda estão focados em
melhorar as fraquezas de suas equipes correm o risco de serem aqueles tipo de líderes, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados... apenas peças.


Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'.

Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:
  • "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:... . Ninguém ... pois nosso Zaca é insubstituível"

Portanto nunca esqueça!

Você é um talento único, com toda certeza ninguém te substituirá!

No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é, e outras que vão te odiar pelo mesmo motivo. Acostume-se a isso, com muita paz de espírito.


"Sou um só, mas ainda assim, sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."



(autor desconhecido)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Preste atenção!



Feche seus olhos
e abra seu coração...
O essencial para nossas vidas,
é invisível aos olhos.


quarta-feira, 7 de julho de 2010

Essa tal felicidade...



Felicidade pra mim?!
É um botão de rosa que abre quando nasce o sol.
É uma chuva gostosa que cai no final do dia.
É dormir mais cinco minutos quando o sono ta presente.
É receber um sorriso verdadeiro de uma criança.
É sentir de longe o cheiro do bolo de chocolate da Dinda.
É uma boa taça de vinho em uma noite fria de inverno.
Pra mim, felicidade é assim...
tão simples e tão bom!
É assim que eu estou...
insuportavelmente Feliz!!!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Quem sou eu?



Nesta altura da vida já não sei mais quem sou...
Vejam só que dilema!!!
Na ficha da loja sou CLIENTE,
no restaurante FREGUÊS,
quando alugo uma casa INQUILINO,
na condução PASSAGEIRO,
nos correios REMETENTE,
no supermCor do textoercado CONSUMIDOR.
Para a Receita Federal CONTRIBUINTE,
se vendo algo importado CONTRABANDISTA.
Se revendo algo, sou MUAMBEIRO,
se o carnê tá com o prazo vencido INADIMPLENTE,
se não pago imposto SONEGADOR.
Para votar ELEITOR, mas em comícios MASSA,
em viagens TURISTA, na rua caminhando PEDESTRE,
se sou atropelado ACIDENTADO, no hospital PACIENTE.
Nos jornais viro VÍTIMA, se compro um livro LEITOR,
se ouço rádio OUVINTE.
Para o Ibope ESPECTADOR,
para apresentador de televisão TELESPECTADOR,
no campo de futebol TORCEDOR.
Se sou corintiano, SOFREDOR.
Agora, já virei GALERA.
Se trabalho na ANATEL, sou COLABORADOR e,
quando morrer... uns dirão... FINADO, outros... DEFUNTO,
para outros... EXTINTO, para o povão... PRESUNTO.
Em certos círculos espiritualistas serei... DESENCARNADO,
evangélicos dirão que fui... ARREBATADO...
E o pior de tudo é que para todo governante
sou apenas um IMBECIL !!!
E pensar que um dia já fui mais EU.

Luiz Fernando Veríssimo.

terça-feira, 22 de junho de 2010

A impontualidade do amor




Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.

Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?

Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.

A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.

Martha Medeiros

terça-feira, 15 de junho de 2010

Brasil X Coreia do Norte



É hoje!!!!!
Com olhar fixo no telão,
um chop na mão para ajudar no grito
e muito amor pela camiseta, lá vou eu!!!
Se depender da minha torcida, o brasil é hexa!

quinta-feira, 10 de junho de 2010




No dias dos namorados, eu me vestirei de BatGirl e salvarei o meu gatinho desta selva de pedra. Levarei ele para um lugar quente e confortável, onde ele ficará seguro para ronronar.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Texto de Charles Chaplin



A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina.
Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente.
Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.
Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria.
Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando.
E termina tudo com um ótimo orgasmo!
Não seria perfeito?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

No lugar deste, uma pedra.

Tenho rezado para agradecer
por ter sido só o coração que se quebrou,
e não o pescoço.



Nada melhor que,
uma boa noite de sono
e um novo dia de sol.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O frio que esquenta



O frio em mim...
surge para que eu possa aquecer as mãos no teu rosto,
aquecer a minha pele no teu corpo,
aquecer os meus lábios nos teus...
Todo inverno, o meu frio surge,
para aquecer o meu coração.

quinta-feira, 27 de maio de 2010



Se você me possuir e fôr dono da minha vida,
eu serei seu escravo.
O escravo não pensa, não tem vontade própria,
muito menos brilho no olhar.
Ele simplesmente obedece e segue a seu dono.
Se eu fôr um ser sem vida,
será que você continuará a me amar?

Roberto Shinyashiki e Eliana Dumet

terça-feira, 25 de maio de 2010

Não é conselho, isso se chama Colaboração

Um texto recebido por email, não sei a autoria,
mas com certeza será sempre uma boa leitura.



«...

Quando eu for bem velhinha, espero poder, em um dia de domingo, sentar na poltrona da biblioteca e bebendo um cálice de Porto, dizer à minha neta: - Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado. Tenho umas coisas pra te contar.
E assim, dizer apontando o indicador para o alto: - O nome disso não é conselho, isso se chama Colaboração! Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis, a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte. Por isso, vou colocar mais ou menos assim:
É preciso coragem para ser feliz. Seja valente!

Siga sempre seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão.

E satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação.

Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.

Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim. Aproveite sua casa, mas vá a Fernando de Noronha, Rio de Janeiro, a Barcelona e a Italia.

Cuide bem dos seus dentes. Experimente, mude, corte os cabelos.

Ame. Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro. Não corra o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito...". Tenha uma vida rica de vida. Vai que o carteiro ganha na loteria... tudo é possível, e o futuro é imprevisível.

Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela. Faça sexo, mas não sinta vergonha de preferir fazer amor. E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável. Porque sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam também detalhes desnecessários.

Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou status. A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco! Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você. Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão. É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.

Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação. Leia. Pinte, desenhe, escreva. E por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim.

Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre farão.

Cultive os amigos. Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas mais raras de amor.

Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza. Era só isso minha querida.

Agora é a sua vez. Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte: como vai você?

...»

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mundão gigante, te quero tanto...



Ahhh... esse mundão gigante que faz crescer dentro de mim,
uma vontade louca de voar...
Te vejo, tão imenso e tão distante.
Te sinto, tão perto e tão presente.
Me sinto, uma criança quando estou em teus braços,
eufórica, saltitante.
Minhas palavras somem...
cresce uma vontade imensa
quando te vejo assim, tão do alto.
Alucinada em te ter mais vezes,
ansiosa pelo que possa vir,
pelo que possa ver.
Mundão dos meus sonhos,
vem para minha realidade!
Quero te ver mais perto, de outros ângulos,
de outras pontas, em outras formas.
Viajar me faz entender aquela tal felicidade,
é como música em meus ouvidos...
Me traz a vontade de ser gigante, de virar um pássaro.
Me faz entender o que quero ser quando crescer...
A realidade dos meus sonhos.
Uma viajante da vida.
Uma conhecedora do ser.
Um pássaro no ar...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Trilha nas férias



O que fazer...
as pernas não obedecem mais...
os olhos não vêem a saída,
os pés molhados e gelados já não sinto mais...
as mãos como garras, sem ver aonde pegar,
o único objetivo é manter-se vivo,
o penhasco está ao lado,
basta um passo errado ou uma tombo a mais...
Hora de parar e refletir a vida?
Hora de se preocupar com as coisas que os olhos não alcançam?
Hora de sentar e chorar enquanto espero amanhecer?
Nada disso!!
Hora de ver o tamanho da guerreira
que existe aqui dentro, e seguir em frente!
Seguiria a luz, caso pudesse ver alguma... mas nada!
Uma imensa escuridão!
Até meus pesadelos são mais claros e menos assustadores.
A parada foi punk!
A pegada foi forte.
E a felicidade gigante.
Isso mesmo... felicidade sim!!
Feliz por ser forte o suficiente para seguir em frente ao invés de sentar e chorar.
Feliz por ter fé e acreditar em todos os momentos, que a luz chegaria.
Feliz por me sentir viva, enquanto dói cada pedacinho do meu corpo.
Feliz por continuar me superando a cada dia.
E se um dia, ao invés de seguir, eu sentar e chorar,
então neste dia eu morri.

Férias



Ahhh... aquele azul...
Não! Era verde?!!
Verde azulado...
ou azul esverdeado...
Aquele movimento que me levou
para lugares que nem sei dizer,
aquela cor que me deixava atordoada...
aquele barulho que era
música para os meus ouvidos...
O mar...
o mar de Angra é doutor...
curou minha mente,
curou minha alma,
curou meu coração.
Me mostrou o amor...
o amor pela vida,
o amor pela natureza,
o amor sem descrição.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Relato de um sonho

Ontem foi um dia de trabalho normal, depois um happy na despedida da Claudine, dois drinks, um filme sozinha em casa “Te amo, cara”, e cama. Acordei no meio da noite depois de sonhar...


Eu estava em um corredor de algum prédio, batendo em alguma porta, procurando por alguém, e de repente eu não entendi muito bem o que aconteceu.
Acho que tomei um tiro no peito... ou então me deu uma coisa no coração... era uma dor muito forte no peito que eu sentia, uma dor insuportável, que me tirava o ar, eu só pensava que ia morrer e que, aquele monte de homens que estavam no corredor, em frente ao elevador, não faziam nada para me ajudar. Sentindo aquela dor horrível, numa aflição muito forte, uns pensamentos... de repente eu vejo um monstro gritando do meu lado!!!
Levantou uma fumaça preta, tinha um rosto gritando, parecia que ia me engolir, parecia o demônio, um treco ruim, sei lá... pensei que fosse coisa da minha cabeça porque estava assustada, e então eu fiz um sinal pra ele de “vai te fdr” e percebei que isso não resolvera nada, a dor ia ficando mais forte e comecei a chamar por Deus, gritar por socorro, por ajuda, e logo a fumaça sumiu.
A dor começou aliviar aos poucos... eu olhei para o elevador e aqueles homens ainda estavam lá parados, no mesmo lugar, em frente ao elevador, e não se mexiam quase... só viravam a cabeça e me olhavam, mas não faziam nada para me ajudar. Então que comecei a pensar que eles estavam ali para me observar, e comecei a ter medo deles.
Devagar eu fui até eles, ainda com a mão no peito de dor, olhei para o rosto de um e de outro, perguntei alguma coisa que ninguém respondeu... desconfiada... voltei a andar pelo corredor, não tava entendendo nada, tava muito confusa, nem conseguia entender o que tinha se passado direito,e fiquei andando ate a dor passar.
A dor passou, e fui até eles novamente e lá tinha um senhor, aproximadamente uns 50 anos, barbudo, branco, com um ar sério, um ar de confiança. Todos aqueles homens estavam atrás ou na volta daquele senhor, e ele me olhou e disse algo, não lembro exatamente as palavras, mas era algo tipo: “- Agora que já passou esta parte ruim, vamos iniciar essa nova etapa?!”
Ali eu entendi que eu havia morrido. Entendi o porque toda minha confusão,comecei a querer lembrar o que realmente havia ocorrido, comecei a olhar o corredor e olhar para aquele senhor, como uma criança que não sabe se pode confiar em alguém para dar a mão e seguir, com aquele ar de pergunta “mas como aconteceu? porque não entendi? quem foi? Por que?”.
Depois disso, eu acordei assustada, na minha cama, com uma espécie de falta de ar, botei a mão no peito... não morri?!! não sabia se era real ou sonho... confusa. Coloquei a cabeça no travesseiro e comecei a pensar:

- será que me deu uma dor tão forte enquanto eu dormira e não morri? Mas se... porque voltei a este mundo afinal? Será que ainda não cumpri minha missão nesta terra? O que ainda me falta fazer? Será que não aceitei ficar lá? O que respondi para aquele senhor?
Hoje pela manha acordei estranha... acho que agora sei como é esta transição entre a vida e a morte. No começo parece apavorante, confuso... mas depois a dor passa, e aos poucos as coisas vão ficando claras.
Pensei nas pessoas que não aceitam a morte, que ficam perambulando sem entender se estão vivas ou mortas... isso deve ser uma tortura muito grande. Pessoas pouco esclarecidas, pessoas de pouca fé.
Nessas horas percebo também o quanto é importante a espiritualidade dentro de nós, e o porque as pessoas conforme vão envelhecendo, vão se aproximando mais de Deus.
Antigamente os jovens pensavam que só morreriam quando ficassem velhos. Hoje, acho que está mais claro, que para morrer, basta estar vivo. Não importa mais a idade da carne, pode acontecer com 6 ou com 60 anos.
A violência está em nossas portas, nas ruas, nas esquinas, no trabalho. Não existe hora marcada, nem tempo certo.
O livre arbítrio que nos foi dado para podermos guiar nossos caminhos, tem também impedido que muitos caminhos sejam seguidos.
Não freqüento nenhuma igreja, ou sou de alguma religião especifica.
Eu levo a minha vida, tentando fazer a minha parte, e sempre com muita fé em Deus que está dentro de mim, por isso tenho a certeza de que não estou sozinha.
Enquanto isso, vou em busca de ser uma pessoa melhor enquanto estiver presente neste mundo. Nunca saberemos quando será a etapa final, senão quando estivermos no fim.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Rede

Este texto não saiu da minha mente,
mas quando li, foi como se tivesse saido...

Gosto dos venenos mais lentos,
das bebidas mais amargas,
das drogas mais poderosas,
das idéias mais insanas,
dos pensamentos mais complexos,
dos sentimentos mais fortes...
tenho um apetite voraz
e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar
de um penhasco que vou dizer:
- E dai?! Eu adoro voar!

Não me dêem formulas certas,
porque eu não espero acertar sempre.

Não me mostrem o que esperam de mim,
porque vou seguir meu coração.

Não me façam ser quem não sou.
Não me convidem a ser igual,
porque sinceramente, sou diferente.

Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira.
Não sei voar com os pés no chão.

Sou sempre eu mesma, mas com a certeza
de que não serei a mesma para sempre.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Um ano se passou...



Aqui estou mais uma vez,
voltando ao aconchego das letras,
na companhia da música, e de mim só.
O tempo as vezes não parece assim tão longo,
tem vezes que um ano, mais parece um dia.
Lembranças tão distantes e tão presentes.
Um dia de chuva, um chimarrão, o mar calmo e cinzento...
isso tudo tem o poder de tornar este dia ainda mais longo.
Saudade do que já tive.
Saudade do que não pude ter.
Saudade do que ainda terei.
Saudade de mim.