quinta-feira, 29 de abril de 2010

Relato de um sonho

Ontem foi um dia de trabalho normal, depois um happy na despedida da Claudine, dois drinks, um filme sozinha em casa “Te amo, cara”, e cama. Acordei no meio da noite depois de sonhar...


Eu estava em um corredor de algum prédio, batendo em alguma porta, procurando por alguém, e de repente eu não entendi muito bem o que aconteceu.
Acho que tomei um tiro no peito... ou então me deu uma coisa no coração... era uma dor muito forte no peito que eu sentia, uma dor insuportável, que me tirava o ar, eu só pensava que ia morrer e que, aquele monte de homens que estavam no corredor, em frente ao elevador, não faziam nada para me ajudar. Sentindo aquela dor horrível, numa aflição muito forte, uns pensamentos... de repente eu vejo um monstro gritando do meu lado!!!
Levantou uma fumaça preta, tinha um rosto gritando, parecia que ia me engolir, parecia o demônio, um treco ruim, sei lá... pensei que fosse coisa da minha cabeça porque estava assustada, e então eu fiz um sinal pra ele de “vai te fdr” e percebei que isso não resolvera nada, a dor ia ficando mais forte e comecei a chamar por Deus, gritar por socorro, por ajuda, e logo a fumaça sumiu.
A dor começou aliviar aos poucos... eu olhei para o elevador e aqueles homens ainda estavam lá parados, no mesmo lugar, em frente ao elevador, e não se mexiam quase... só viravam a cabeça e me olhavam, mas não faziam nada para me ajudar. Então que comecei a pensar que eles estavam ali para me observar, e comecei a ter medo deles.
Devagar eu fui até eles, ainda com a mão no peito de dor, olhei para o rosto de um e de outro, perguntei alguma coisa que ninguém respondeu... desconfiada... voltei a andar pelo corredor, não tava entendendo nada, tava muito confusa, nem conseguia entender o que tinha se passado direito,e fiquei andando ate a dor passar.
A dor passou, e fui até eles novamente e lá tinha um senhor, aproximadamente uns 50 anos, barbudo, branco, com um ar sério, um ar de confiança. Todos aqueles homens estavam atrás ou na volta daquele senhor, e ele me olhou e disse algo, não lembro exatamente as palavras, mas era algo tipo: “- Agora que já passou esta parte ruim, vamos iniciar essa nova etapa?!”
Ali eu entendi que eu havia morrido. Entendi o porque toda minha confusão,comecei a querer lembrar o que realmente havia ocorrido, comecei a olhar o corredor e olhar para aquele senhor, como uma criança que não sabe se pode confiar em alguém para dar a mão e seguir, com aquele ar de pergunta “mas como aconteceu? porque não entendi? quem foi? Por que?”.
Depois disso, eu acordei assustada, na minha cama, com uma espécie de falta de ar, botei a mão no peito... não morri?!! não sabia se era real ou sonho... confusa. Coloquei a cabeça no travesseiro e comecei a pensar:

- será que me deu uma dor tão forte enquanto eu dormira e não morri? Mas se... porque voltei a este mundo afinal? Será que ainda não cumpri minha missão nesta terra? O que ainda me falta fazer? Será que não aceitei ficar lá? O que respondi para aquele senhor?
Hoje pela manha acordei estranha... acho que agora sei como é esta transição entre a vida e a morte. No começo parece apavorante, confuso... mas depois a dor passa, e aos poucos as coisas vão ficando claras.
Pensei nas pessoas que não aceitam a morte, que ficam perambulando sem entender se estão vivas ou mortas... isso deve ser uma tortura muito grande. Pessoas pouco esclarecidas, pessoas de pouca fé.
Nessas horas percebo também o quanto é importante a espiritualidade dentro de nós, e o porque as pessoas conforme vão envelhecendo, vão se aproximando mais de Deus.
Antigamente os jovens pensavam que só morreriam quando ficassem velhos. Hoje, acho que está mais claro, que para morrer, basta estar vivo. Não importa mais a idade da carne, pode acontecer com 6 ou com 60 anos.
A violência está em nossas portas, nas ruas, nas esquinas, no trabalho. Não existe hora marcada, nem tempo certo.
O livre arbítrio que nos foi dado para podermos guiar nossos caminhos, tem também impedido que muitos caminhos sejam seguidos.
Não freqüento nenhuma igreja, ou sou de alguma religião especifica.
Eu levo a minha vida, tentando fazer a minha parte, e sempre com muita fé em Deus que está dentro de mim, por isso tenho a certeza de que não estou sozinha.
Enquanto isso, vou em busca de ser uma pessoa melhor enquanto estiver presente neste mundo. Nunca saberemos quando será a etapa final, senão quando estivermos no fim.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Rede

Este texto não saiu da minha mente,
mas quando li, foi como se tivesse saido...

Gosto dos venenos mais lentos,
das bebidas mais amargas,
das drogas mais poderosas,
das idéias mais insanas,
dos pensamentos mais complexos,
dos sentimentos mais fortes...
tenho um apetite voraz
e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar
de um penhasco que vou dizer:
- E dai?! Eu adoro voar!

Não me dêem formulas certas,
porque eu não espero acertar sempre.

Não me mostrem o que esperam de mim,
porque vou seguir meu coração.

Não me façam ser quem não sou.
Não me convidem a ser igual,
porque sinceramente, sou diferente.

Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira.
Não sei voar com os pés no chão.

Sou sempre eu mesma, mas com a certeza
de que não serei a mesma para sempre.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Um ano se passou...



Aqui estou mais uma vez,
voltando ao aconchego das letras,
na companhia da música, e de mim só.
O tempo as vezes não parece assim tão longo,
tem vezes que um ano, mais parece um dia.
Lembranças tão distantes e tão presentes.
Um dia de chuva, um chimarrão, o mar calmo e cinzento...
isso tudo tem o poder de tornar este dia ainda mais longo.
Saudade do que já tive.
Saudade do que não pude ter.
Saudade do que ainda terei.
Saudade de mim.